Encontro de gerações marca 40 anos da Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC

07/06/2018 11:38

Na noite de 5 de junho de 2018, em que o curso de graduação da Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC comemorou 40 anos, um momento simbólico quebrou o protocolo no Auditório “Teixeirão”, no Centro Tecnológico (CTC). Dois personagens, o professor aposentado Afonso Veiga Filho e o ex-aluno Pedro Alarcon, relembraram a uma plateia composta por várias gerações os desafios enfrentados para se implantar um novo curso na Universidade e de como a participação, ativa e diária, no Centro Acadêmico fez toda a diferença na busca da melhoria constante.

Este significativo encontro de gerações aproximou muitas das pessoas envolvidas neste contínuo processo de valorização da profissão e da UFSC. A mesa de autoridades estava composta pelo pró-reitor de pesquisa Sebastião Roberto Soares, que representou o reitor Ubaldo Cesar Balthazar, diretor do CTC Edson de Pieri, vice-diretor Sergio Peters, chefe do Departamento Paulo Belli Filho, coordenador do curso de graduação Pablo heleno Sezerino, coordenadora do Programa de Pós-Graduação Maria Eliza Nagel Hassemer, 1ª vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC) Roberta Mass, presidente da Associação Catarinense de Engenheiros Sanitaristas e Ambientais (Acesa) Thaiana Elpídio Cardoso e o presidente do Centro Acadêmico Livre de Engenharia Sanitária e Ambiental (Calesa) Francisco Machado.

Na plateia grandes nomes: os docentes Flávio Rubens Lapolli, (primeiro coordenador – 1978) e Rejane Helena Ribeiro da Costa (“a professora de todos”) receberam uma lembrança especial por estarem presentes no curso desde a sua criação até os dias de hoje. Também foram homenageados Edis Mafra Lapolli (segunda coordenadora – 1979), os professores que estão aposentados Afonso Veiga Filho, Alberto Odon May, César Augusto Pompêo, Daniel José da Silva, Fernando Soares Sant’Anna, Guilherme Farias Cunha, Henrique de Melo Lisboa, José Carlos Silveira de Oliveira, Luiz Sérgio Phillippi, Márcio Renato Francalacci e Péricles Alves Medeiros. E os técnicos-administrativos aposentados Alécio Alcúcio Gouvêa, Anildo Corrêa Agostinho, João Renato Stelau e Joaquim Furtado.

O professor Pablo, que coordena atualmente o curso, introduziu os discursos. Primeiramente, falou da contribuição dos colegas e mestres aposentados para o sucesso do curso, que está “40 anos ensinando e transformando jovens em profissionais de gabarito para trabalhar neste país as questões ambientais e de saneamento”. Para ele, o momento é “singelo e intimista”, e “lembra a grandeza que este curso tem perante a sociedade catarinense e a brasileira, e a sua importância para a instituição”. Citou as pessoas que se esforçaram e se dedicaram para a realização da homenagem que busca a reflexão e de autovalorização do curso e do engenheiro sanitarista e ambiental. Confirmou o objetivo da cerimônia “lembrar-se dos acontecimentos e das pessoas que fizeram e fazem deste curso referência”. E diante da oportunidade que teve de trabalhar nesta área no interior do estado e em outras regiões do Brasil, fez referência à recepção ao profissional formado na UFSC, destacando que o diploma e a instituição são muito valorizados.

Na sequência a apresentação do chefe de Departamento, Paulo Belli, que também tem uma relação muito próxima com o curso, pois além de ser professor, foi aluno da primeira turma de Engenharia Sanitária em 1978. Enfatizou que a comemoração não poderia ser em melhor data, senão neste Dia Mundial do Meio Ambiente. E o que lhe comoveu ainda mais foi poder compartilhar a emoção de se completar 40 anos da ENS ao lado de amigos e professores. Comemorou que “o curso está entre os melhores do país; já formou mais de 1.200 engenheiros sanitaristas e ambientais, conceitos “5” na graduação e “6” pela Capes na pós-graduação”. Explicou que na mesma época em que se criou o curso em Santa Catarina, outros estados investiram e acreditaram na necessidade de o país formar um profissional diferenciado para tratar de questões sanitárias, ainda hoje muito evidentes.

Belli contextualizou que “as federais de Mato Grosso, Pará e Bahia também foram contempladas no mesmo período com o curso, implantados estrategicamente de uma forma regionalizada”. Com a implantação da Engenharia Sanitária veio as adaptações, os novos marcos de referências, e com a evolução do curso a palavra ambiental foi acrescida ao nome. Isto se deve a um dinamismo natural que “mostra a capacidade de inovação e de envolvimento da instituição”. Destacou que com as novas orientações legais e por estar intimamente ligada a temas do cotidiano e das necessidades da nação, a ENS “forma profissionais cidadãos”. Essa frase demonstra a identidade do curso, pois trata de questões sociais com relação às atividades urbanas, rurais e industriais. Diz com orgulho que a formação da UFSC é um diferencial no Brasil e outros cursos se espelham nela, e também por manter uma parceria e engajamento com o CREA-SC.

Segundo a coordenadora do mestrado e doutorado em Engenharia Ambiental, Maria Helena Nagel Hassemer, que foi aluna da segunda turma do curso, “a criação da pós-graduação se deu em função da qualidade do curso. Em dezembro de 2017 fomos agraciados com a nota “6” e alcançar este conceito de excelência é mérito de todo o quadro de alunos e professores”, e do desenvolvimento das pesquisas. Considera que a nota traz uma grande responsabilidade e o departamento trabalha para mantê-la ou chegar ao almejado 7.

O estudante e representante do Centro Acadêmico, Francisco Machado, falou do amadurecimento pessoal e do sentimento de pertencimento, adquiridos nesses dois primeiros anos na UFSC. O que lhe ajudou foram os desafios do aprendizado na engenharia e a convivência com os colegas, agora amigos para o resto da vida. Saudou os 38 anos do Centro Acadêmico, os 7 da Atlética, os 10 do Neamb – Núcleo de Educação Ambiental – e os 25 da Empresa Júnior – Ejesam, “pois o nosso curso é, acima de tudo, formado por pessoas, representadas aqui em minha fala e que juntas foram responsáveis por esta grandiosa história de 40 anos”.

Para o diretor do Centro, Edson de Pieri, “40 aos é uma idade marcante e o importante nesta comemoração é relembrar o pioneirismo e o momento atual”. Para ele, “criar um curso em 1978, em uma universidade ainda muito nova, dentro das dificuldades econômicas e ainda tendo que convencer as pessoas da necessidade da profissão não deve ser algo fácil. É preciso ter visão de futuro e muito desprendimento. E foi isso que muitos dos que estão aqui fizeram, o alicerce de um curso reconhecido nacionalmente e com contatos internacionais sólidos; sedimentaram este caminho para que hoje se tenha um curso de excelência na graduação e na pós-graduação. E o desafio está em manter a qualidade e fazer a gestão de um curso deste nível”. O futuro é muito promissor, porém exige sempre muita luta, finalizou.

 

Rosiani Bion de Almeida/Agecom/UFSC

Fotos: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

 

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Fonte: Agecom