O Professor Paulo Belli Filho, participou da oficina de implantação de Rede Nacional do Saneamento Indígena (RNSI), em Brasília, nos dias 22 e 23 de outubro. O evento ocorreu na sede da UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância, onde foi aprofundado o Programa Nacional de Saneamento Indígena (PNSI), que será lançado na COP 30 – Conferência Mundial do Clima, em novembro e em Belém. No evento, além da implantação e consolidação da RNSI, discutiu-se estratégias, agendas, a importância das parcerias e compromissos do governo para o sucesso do PNSI. O encontro foi coordenado pela Secretaria de Saneamento Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde, com a presença de representantes do Ministério dos Povos Indígenas, UNICEF, Organizações Indígenas, ONGs, FUNASA, Agência Nacional das Águas e IFES. Ficou destacada a importância da participação das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) na RNSI e para o sucesso do PNSI, consolidando o saneamento como base para a saúde em territórios indígenas. Aqui, na UFSC temos diferenciais, haja vista a dinâmica da Engenharia Sanitária e Ambiental nesta área e a presença da Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, ambos implicados com estes povos, além da presença de indígenas em diversas formações.

A RNSI tem a função estratégica de propor caminhos no desenvolvimento do PNSI no Brasil.

Representantes de organizações e instituições na UNICEF.

O vencedor do Prêmio Falkenmark 2025 da International Association of Hydrological Sciences (IAHS) para melhor tese de doutorado foi anunciado: parabéns ao Dr. Vinícius Bogo Portal Chagas, do Brasil!

Sua pesquisa inovadora — “Extremos hidrológicos no Brasil: padrões em larga escala, mecanismos e mudanças” — trouxe contribuições significativas para a compreensão dos impactos das mudanças climáticas na disponibilidade de água e nos extremos hidrológicos na América do Sul.

O trabalho foi desenvolvido dentro do Programa de Pós-graduação em Engenharia Ambiental da UFSC, no Laboratório de Hidrologia (Labhidro), com orientação do Professor Dr. Pedro Luiz Borges Chaffe e coorientação do Dr. Gunter Blöschl da Vienna University of Technology.

A cerimônia de premiação aconteceu durante a Assembleia Científica da IAHS em Roorkee, Índia, entre os dias 5 e 10 de outubro de 2025.

Sobre o Prêmio Falkenmark:

• Reconhece pesquisas excepcionais em hidrologia e recursos hídricos.

• É concedido anualmente desde 2023.

• Valoriza a produção científica em países financeiramente desfavorecidos.

De acordo com o Dr. Vinícius Chagas o seu trabalho apresenta  informações sobre “vazão dos rios brasileiros, clima, solo, geologia e interferência humana, permitindo uma análise detalhada dos fatores que influenciam os eventos extremos. A tese também aponta para uma aceleração do ciclo hidrológico em 29% do território brasileiro entre 1980 e 2015, com aumento simultâneo na intensidade de cheias e secas. Esse fenômeno está associado ao desmatamento, à intensificação das chuvas e ao uso crescente da água para irrigação. Em 42% do país, as secas aumentaram até 37% por década.”

Dr. Vinícius Chagas, sua conquista inspira e eleva a ciência brasileira!

Na manhã do dia 17/10/2025 os alunos da disciplina ENS 7031 – Sistemas de Esgoto Sanitário em visita na Estação Elevatória de Esgoto (EEE), lecionada pelo Professor Pablo Sezerino, visitaram a Estação Elevatória de Esgoto localizada nos fundos do HU. Esta atividade relaciona-se ao conteúdo programático da disciplina, de onde os alunos dimensionam EEE como parte integrante do Sistema de Esgotamento Sanitário de uma cidade. A visita em campo permite a ampliação do conhecimento a partir das explicações dos técnicos da CASAN.

Na última quarta-feira, 24 de setembro, o professor Armando Borges de Castilhos Jr., docente do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC e coordenador do Laboratório de Pesquisas em Resíduos Sólidos (LARESO), apresentou o projeto “Rede Cooperativa Estadual de Pesquisa em Resíduos Sólidos: Diagnóstico, Proposições e Cenários para Revisão do Plano Estadual de Resíduos Sólidos” durante reunião do Conselho Estadual de Saneamento (CONESAN).

O projeto, atualmente em desenvolvimento em 11 instituições de ensino distribuídas por todo o estado e coordenado pela UFSC, desempenha papel estratégico para o planejamento da gestão de resíduos sólidos em Santa Catarina. Além de fomentar a produção de conhecimento técnico-científico, constitui-se em um instrumento essencial para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, fortalecendo a integração entre pesquisa, ensino e políticas públicas.

O encontro contou com a participação das instituições que compõem o CONESAN, entre elas órgãos governamentais — Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde (SEMAE); Secretaria de Estado do Planejamento (SEPLAN); Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR); Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ); Secretaria de Estado da Saúde (SES); Polícia Militar da Unidade de Polícia de Proteção Ambiental; Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA); Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN); Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI); e a Federação Catarinense de Municípios (FECAM) — além de representantes da sociedade civil organizada. Também estiveram presentes os pesquisadores bolsistas do projeto, Maria Eduarda Bezerra, integrante do PPGEA/UFSC, e Jonathan Alessandro da Rosa Silva, egresso do departamento.

O projeto conta com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC). Mais informações estão disponíveis em https://rceprs.ufsc.br/

De 2 a 6 de setembro de 2025 foi realizado na Universidade de Évora em Portugal, o XXV Encontro da Rede de Estudos Ambientais de Países de Lingua Portuguesa,  sob o tema global “Pessoas e Natureza: investigação em sustentabilidade”. O evento foi organizado em 4 áreas temáticas abrangentes: Saúde e Ambiente; Sociedade, Educação e Cultura; Planejamento e Gestão do Território; Tecnologia e Inovação. O evento se realiza a cada dois anos e a REALP ficou mais fortalecida enquanto rede internacional de pesquisas e ficou evidente as suas conexões com a COP 30 –  Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em novembro em Belém.

 A Rede de Estudos Ambientais de Países de Língua Portuguesa – REALP foi criada em 1997 com o objetivo global de promover a cooperação científica e pedagógica na área do ambiente e da sustentabilidade em língua portuguesa. Dela fazem parte 20 Instituições do Ensino Superior – IES de Portugal, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Angola, S. Tomé e Príncipe, Timor Leste e Guiné-Bissau.

Os professores do Departamento de engenharia Sanitária e Ambiental Paulo Belli, Mauricio Luiz Sens e Armando Borges, tiveram intensa participação neste evento e foram fundamentais na idealização da Carta de Évora dirigida à COP 30 – (ver a carta nesta matéria). A presença destes professores fortalece as conexões do Departamento com a REALP e para maiores informações sobre o evento segue o link  https://www.realpamigo2025.uevora.pt/

Durante os dias 21 a 25 de julho de 2025, aconteceu em Manaus (AM) o VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, que teve como tema Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver.

Gabriela Oliveira Valença, egressa do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental (PPGEA) da UFSC, apresentou oralmente alguns dos resultados da sua pesquisa de mestrado, sobre “Participação Social no processo de Governança Ambiental na Lagoa da Conceição (Florianópolis -SC)” no Eixo Temático 1: Compromissos internacionais, nacionais e municipais com as políticas públicas de educação ambiental como resposta às crises ambiental e climática.

O objetivo da pesquisa de mestrado foi elaborar uma estrutura de indicadores com base no modelo DPSIR, considerando a percepção dos atores sociais, visando subsidiar políticas ambientais e compreender o potencial da Educação Ambiental como resposta para pressões na Lagoa da Conceição. A pesquisa foi orientada pelo professor Dr. Rodrigo de Almeida Mohedano, do Laboratório de Efluentes Líquidos e Gasosos (LABEFLU), realizada com bolsa da CAPES e integrou o projeto Educomunicação Socioambiental na Lagoa da Conceição (Somos Lagoa), coordenado pelos professores Dr. Paulo Belli e Dr. Rodrigo Mohedano, e financiado pela CASAN.

O congresso possibilitou diversas trocas, reunindo pesquisadores, educadores, lideranças, especialistas, estudantes, ministros e ministras do Brasil e do mundo. Na ocasião, Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, ressaltou a relevância da Educação Ambiental para a preservação da sociobiodiversidade no planeta e destacou o congresso como um ponto de parada para a COP 30. A Ministra também trouxe a reflexão de que os povos indígenas são especialistas em adiar o fim do mundo, fala que entra em consonância com a de Vanda Witoto, liderança indígena, que pontuou a necessidade de se proteger os povos originários, pois são eles que defendem a floresta e protegem os rios a partir do modo de vida de respeito com a natureza, por compreenderem que são parte, e que estamos todos conectados em todos os sentidos da vida.

Assim, o evento foi um momento relevante para parcerias, reflexões sobre a valorização e proteção de outros modos de vida, debates em relação ao capitalismo, ao racismo, às desigualdades sociais, e ajustes dos próximos passos diante da emergência climática e das injustiças socioambientais.

Foi divulgada na última semana a lista de projetos aprovados na Chamada CNPq/MCTI/FNDCT Nº 44/2024 – UNIVERSAL, onde o ENS teve a grata surpresa de encontrar o nome de seis professores de seu corpo docente entre os aprovados. O edital Universal tem como objetivo apoiar projetos de pesquisa que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do País, em qualquer área do conhecimento. Por isso é uma chamada com ampla concorrência. Por isso as 6 propostas aprovadas demonstram a relevância das linhas de pesquisa do ENS para o País, dentre as quais encontra-se a Ecotoxicologia, Tratamento de Efluentes, Recuperação de Recursos do Saneamento e Potabilização de Água. Os recursos serão empregados na aquisição de equipamentos e materiais de pesquisa, adequação de estruturas experimentais, na divulgação científica e na formação de novos pesquisadores.