Pesquisa de mestrado do PPGEA/ENS, vinculada ao Projeto Somos Lagoa, é apresentada em evento pré-COP30: VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa.
Durante os dias 21 a 25 de julho de 2025, aconteceu em Manaus (AM) o VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, que teve como tema Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver.
Gabriela Oliveira Valença, egressa do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental (PPGEA) da UFSC, apresentou oralmente alguns dos resultados da sua pesquisa de mestrado, sobre “Participação Social no processo de Governança Ambiental na Lagoa da Conceição (Florianópolis -SC)” no Eixo Temático 1: Compromissos internacionais, nacionais e municipais com as políticas públicas de educação ambiental como resposta às crises ambiental e climática.
O objetivo da pesquisa de mestrado foi elaborar uma estrutura de indicadores com base no modelo DPSIR, considerando a percepção dos atores sociais, visando subsidiar políticas ambientais e compreender o potencial da Educação Ambiental como resposta para pressões na Lagoa da Conceição. A pesquisa foi orientada pelo professor Dr. Rodrigo de Almeida Mohedano, do Laboratório de Efluentes Líquidos e Gasosos (LABEFLU), realizada com bolsa da CAPES e integrou o projeto Educomunicação Socioambiental na Lagoa da Conceição (Somos Lagoa), coordenado pelos professores Dr. Paulo Belli e Dr. Rodrigo Mohedano, e financiado pela CASAN.
O congresso possibilitou diversas trocas, reunindo pesquisadores, educadores, lideranças, especialistas, estudantes, ministros e ministras do Brasil e do mundo. Na ocasião, Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, ressaltou a relevância da Educação Ambiental para a preservação da sociobiodiversidade no planeta e destacou o congresso como um ponto de parada para a COP 30. A Ministra também trouxe a reflexão de que os povos indígenas são especialistas em adiar o fim do mundo, fala que entra em consonância com a de Vanda Witoto, liderança indígena, que pontuou a necessidade de se proteger os povos originários, pois são eles que defendem a floresta e protegem os rios a partir do modo de vida de respeito com a natureza, por compreenderem que são parte, e que estamos todos conectados em todos os sentidos da vida.
Assim, o evento foi um momento relevante para parcerias, reflexões sobre a valorização e proteção de outros modos de vida, debates em relação ao capitalismo, ao racismo, às desigualdades sociais, e ajustes dos próximos passos diante da emergência climática e das injustiças socioambientais.