GESAD avança nas pesquisas sobre governança de sistemas de tratamento de esgotos no lote

19/05/2025 11:32

No dia 12 de maio de 2025 o Professor Pablo Sezerino e o Doutorando Fabricio Vieira estiveram em Blumenau/SC para uma reunião junto à operadora dos serviços de esgoto para uma ação de benchmarking.

Na ocasião foram trocadas experiências, como a apresentação da modelagem econômico-financeira desenvolvida em trabalhos do grupo e as pesquisas relacionadas à gestão de sistemas no lote para áreas rurais, projeto em fase de desenvolvimento no GESAD.

Laboratório da UFSC produz relatório de monitoramento do ar com Ministério do Meio Ambiente

12/05/2025 14:03

O Laboratório de Controle da Qualidade do Ar (LCQAr) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) esteve à frente da produção do Relatório Anual de Acompanhamento da Qualidade do Ar de 2024, documento que consolida dados e informações coletadas pelos estados e apresenta uma avaliação integrada sobre a qualidade do ar no Brasil para o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima. O relatório foi publicado em abril de 2025 e reúne dados e analisa a cobertura de monitoramento no Brasil, estabelecendo também perspectivas para ampliação. Segundo o documento, apenas cerca de um terço da população brasileira é coberta por monitoramento da qualidade do ar.

A equipe da UFSC contou com 14 integrantes, que trabalharam junto de pesquisadores de outras universidades e do órgão federal. O coordenador do LCQAr Leonardo Hoinaski explica que o convênio com o Ministério do Meio Ambiente tem duração de 26 meses. Com isso, o laboratório irá realizar análises ainda mais aprofundadas, além de oferecer outros projetos que estão inclusos nos sete objetivos da colaboração. Para desenvolver as demais pesquisas, é necessário criar uma base de dados, e o Relatório Anual de Acompanhamento da Qualidade do Ar representa um primeiro passo.

Em 2024, 20 Unidades Federativas (UFs) realizavam monitoramento da qualidade do ar, número maior que o de 2023, quando eram 16 UFs. Sete estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste ainda não possuem estações que monitoram o ar, o que evidencia a necessidade de atuação dos órgão públicos para o cumprimento da Resolução nº 506 de 2024 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A resolução estabelece padrões nacionais de qualidade do ar e fornece diretrizes para sua aplicação, consolidando a importância de relatórios anuais.

Foram contabilizadas 479 estações de monitoramento em 2024, acréscimo de 84 estações em relação ao levantamento de 2023. Os resultados mostram que a cobertura da rede de monitoramento no país é pequena, com estações de referência — equipamento de alta precisão — cobrindo apenas 0,22% da área total, enquanto as estações indicativas — equipamento de precisão menor — cobrem 0,07%.

O relatório elaborado pela UFSC indica que a rede precisa de ampliação e distribuição mais uniforme das estações de monitoramento, tendo em vista que apenas 30% da população brasileira é coberta por monitoramento da qualidade do ar de referência e 3,57%, por monitoramento indicativo.

De acordo com o relatório, “implementar padrões mais restritivos representa um passo fundamental para a proteção da saúde da população”. O documento faz a ressalva de que, para alcançar uma gestão uniforme, “é imperativo que os esforços sejam estendidos a todos os estados”. Investir na ampliação das redes de monitoramento, no quadro técnico das instituições reguladoras e no fortalecimento das políticas de controle de emissões é, segundo o estudo, essencial para assegurar que os padrões de qualidade do ar sejam atendidos de forma consistente em todo o Brasil.

Estação de monitoramento do ar instalada ao lado da Biblioteca Central. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

Monitoramento em SC

Florianópolis recebeu sua primeira estação de monitoramento da qualidade do ar em outubro de 2024. O equipamento instalado ao lado da Biblioteca Central da UFSC é fruto de uma colaboração entre o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e a Universidade. Ele faz medições da concentração de ozônio, óxido de nitrogênio e material particulado de até 2,5 micrômetros (MP2,5). A estação também tem utilidade educativa, ao possibilitar a realização de pesquisas sobre o monitoramento.

A instalação é um passo para a ampliação da rede de monitoramento de Santa Catarina. No relatório anual de 2024, o estado possuía somente três estações, o menor número entre os estados do sul e sudeste. Também não havia Relatórios de Avaliação de Qualidade do Ar e Planos de Controle de Emissões Atmosféricas em SC.

Colaboração 

Entre os objetivos da colaboração entre o Ministério e o laboratório, estão a avaliação de potenciais políticas públicas para o controle de emissão de poluentes e a elaboração de guias para a gestão da qualidade do ar adequada em níveis estadual e nacional. O projeto utilizará simulações com modelos matemáticos para estimar os níveis de poluentes a fim de compreender o processo de poluição no território nacional.

Estação gerenciada pela UFSC e IMA monitora poluentes no ar. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

Entretanto, desenvolver esse sistema exige esforço e requer um trabalho extenso de coleta, armazenamento e tratamento de dados. “É muito desafiador avaliar a qualidade do ar no Brasil, um país com dimensões continentais e enorme variabilidade socioeconômica”, enfatiza Leonardo.

As iniciativas exigem dedicação de uma equipe de pesquisadores ampla e capacitada. O Laboratório de Controle da Qualidade do Ar mobilizou professores e estudantes de graduação e pós-graduação para a elaboração do Relatório Anual de Acompanhamento da Qualidade do Ar de outubro a dezembro de 2024.

Apesar dos avanços, os estados e o país têm um longo caminho para alcançar o monitoramento ideal, como explica o documento: “O relatório revela um desafio complexo que envolve a necessidade de expansão das redes de monitoramento em áreas estratégicas, garantindo uma cobertura equitativa em todas as regiões do Brasil. Por fim, existe uma demanda latente de padronização e armazenamento adequado dos dados e informações para a gestão da qualidade do ar.”

 

Malena Lima agecom@contato.ufsc.br
Estagiária da Agecom | UFSC

FALECEU O PROF PEDRO HIDALGO – COLABORADOR DO ENS

12/05/2025 09:26

Faleceu na semana passada o Prof Pedro Hidalgo, grande colaborador do Departamento de Engenharia Sanitária, durante anos (1990 e primeiros anos de 2000) na Área da Gestão Social de Bacias Hidrográficas. 89 anos, Engenheiro Agrônomo, ex-ministro da Agricultura de Salvador Allende. Seus princípios nortearam sua carreira, sendo um dos principais articuladores da reforma agrária chilena, credencial que o levou ao comando da pasta governamental da Agricultura. Em 1973, com o golpe militar, foi preso e torturado em uma gelada ilha no sul do país. Após uma fuga espetacular conseguiu asilo na Colômbia. Mais tarde foi contratado como professor pelo Centro Interamericano de Desenvolvimento Integral de Águas e Terras, na Venezuela, país onde ficou exilado por 17 anos.

Fiel aos seus ideais, foi no meio acadêmico que formulou a Metodologia de Planejamento Ambiental Participativo em Bacias Hidrográficas na qual inseriu a vertente comunitária lado a lado com a vertente técnica, valorizando a participação das representações da sociedade civil na elaboração dos planos institucionais que consideravam suas demandas específicas. Colaborou em projetos de conservação das microbacias hidrográficas em SC, onde a UFSC/ENS esteve presente:

  • Consórcio Intermunicipal Quiriri, em São Bento o Sul/SC, promovido pela Prefeitura de São Bento do Sul;
  • Consórcio Intermunicipal Lambari, em Concórdia/SC, promovido pela Prefeitura de Concórdia;
  • Consórcio Intermunicipal Iberê, em Chapecó/SC, promovido pela Prefeitura de Chapecó.


    Pedro Hidalgo deixa um legado exemplar de compromisso de transformação social mediante ativismo técnico e político em diversos países da América Latina: Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Honduras, México, Nicarágua, Peru e Venezuela.Prof. Daniel José da Silva/ Prof. Paulo Belli Filho/ Engº Marcus Vinicius Carrasqueira

Resultado referente à bolsa PIBE

08/05/2025 14:40
Homologação Inscrições – PPI
Matrícula
24150038 homologado
24250789 homologado
Homologação Inscrições – Outras categorias de vulnerabilidade Social
Matrícula
Homologação Inscrições – Concorrência geral
Matrícula  
24250058  homologado
22100666  homologado
25100534  homologado
23100501  homologado
Resultado Final do Edital
24150038  Vanessa Andrzejewski

Laboratório da UFSC cria sistema de análise hídrica em trilha na Lagoa do Peri

23/04/2025 10:20

O Laboratório de Hidrologia da Universidade Federal de Santa Catarina (LabHidro/UFSC), vinculado ao Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, disponibilizou placas interativas em pontos estratégicos ao longo da Trilha Caminho da Gurita, localizada na margem da Lagoa do Peri, em Florianópolis, com intuito de garantir a preservação dos recursos hídricos da região pela observação da umidade do solo e da presença e nível de água pelo trajeto. A iniciativa conta com apoio da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

As placas integram o projeto Ciência Cidadã, criada pelo do LabHidro, que consiste em contar com a participação popular para a coleta de dados sobre os rios efêmeros da Bacia do Peri, com o objetivo de compreender como a chuva afeta a disponibilidade de água na localidade. Sinalizadas com QR Codes que levam ao WhatsApp do LabHidro, as placas apresentam perguntas sobre a presença de água na trilha, além de disponibilizar um telefone para envio de fotos das réguas instaladas pelo LabHidro nos rios da Gurita, para medição do nível hídrico.

O projeto foi iniciado em setembro de 2024, tendo seus resultados estudados pelo laboratório e divulgados na página Águas do Peri: Conectando Ciência e Cidadãos.

 

Fonte: https://noticias.ufsc.br

 

LCQAr elabora relatório para o Ministério do Meio Ambiente

23/04/2025 10:18

O LCQAr (Laboratório de Controle da Qualidade do Ar) – ENS elaborou o relatório Anual de Acompanhamento da Qualidade do Ar para o Ministério do Meio Ambiente. O trabalho faz parte de um conjunto de entregáveis desta parceria, que envolve a elaboração de guias, inventário de emissão industrial e modelagem de cenários.

Segue o link do relatório: https://www.gov.br/mma/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/qualidade-ambiental-e-meio-ambiente-urbano/relatorio-anual-de-acompanhamento-da-qualidade-do-ar-2024.pdf

 

Equipe Técnica do LAPOA entrega 17 Planos de Segurança da Água em Santa Catarina

15/04/2025 11:58

Nos dias 1º e 3 de abril de 2025, nos municípios de Capinzal e Orleans, respectivamente, foram realizadas as cerimônias de encerramento do Projeto PSA/SC (Planos de Segurança da Água em Santa Catarina). O projeto foi financiado pela Fundação Nacional de Saúde – Funasa e executado por uma Equipe Técnica do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Apoiaram o seu desenvolvimento os Consórcios Intermunicipais de Saneamento Ambiental (CISAMs) Meio Oeste e do Sul de Santa Catarina e as prefeituras municipais dos municípios contemplados.

Durante os eventos, foram entregues os PSAs aos representantes dos municípios, resultado de três anos de trabalho colaborativo entre a equipe técnica da UFSC e equipes locais. A implementação desses planos é fundamental para garantir água segura à população, pois estabelece diretrizes para identificar e gerenciar riscos em todo o sistema de abastecimento – desde a captação até a distribuição. Atualmente no estado de Santa Catarina a elaboração dos PSAs é uma obrigação dos prestadores de serviço de abastecimento de água. O objetivo do projeto foi elaborar PSAs para assegurar água potável por meio de diagnósticos, planejamento estratégico e monitoramento contínuo, adaptados às realidades locais de cada município.

A equipe técnica da UFSC foi composta por professores e estudantes do Laboratório de Potabilização de Águas (LAPOA), que atuou diretamente com os municípios na elaboração dos planos e no treinamento das equipes locais por meio de oficinas ao longo de todo o projeto, abordando todas as etapas da metodologia de elaboração de PSA proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde.

Nos eventos, autoridades como o Prof. Dr. Maurício Luiz Sens (UFSC), Eng. Matheus Pinheiro Massaut (CISAM), o Sr. Orivaldo Oliveira Filho (Superintendente da Funasa) e o Dr. Romeu Francisco Gadotti (Funasa), o Eng. Valmir de Moraes (Vigiágua/MS) e a Sra. Ana Maria Zandona Facchin (Vigilância Sanitária Estadual – Regional de Campos Novos) destacaram a importância da iniciativa para a saúde pública e o saneamento básico em Santa Catarina. Representantes das prefeituras municipais e das equipes locais estiveram presentes para receber os planos.

Foram contemplados pelo projeto os municípios de Abdon Batista, Alto Bela Vista, Brunópolis, Campos Novos, Capinzal, Ouro e Videira no Meio Oeste, e os municípios de Anitápolis, Balneário Rincão, Cocal do Sul, Meleiro, Morro da Fumaça, Orleans, Pedras Grandes, Praia Grande, Sangão, Santa Rosa do Sul e Urussanga.

Com o encerramento, reforçou-se o compromisso com a implementação dos planos e a melhoria contínua da qualidade da água nos municípios participantes, visando proteger a saúde da população por meio do fornecimento de água de qualidade e de maneira contínua.

Encontre mais informações no site do LAPOA: https://lapoa.ufsc.br/

Laboratório de Hidrologia faz pesquisa na Floresta Amazônica

11/04/2025 14:36

Entre os dias 26/03 e 09/04 o Laboratório de Hidrologia da UFSC, em parceria com o Grupo de Pesquisa em Geociências e Dinâmicas Ambientais na Amazônia do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, iniciou o desenvolvimento de experimentos para monitoramento de interceptação da água da chuva na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, na Floresta Amazônica.

O projeto de pesquisa foi desenvolvido pelos alunos do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental Luiz Felipe Pereira de Brito e Ewerthon Cezar Schiavo Bernardi, sob orientação do Professor Pedro Chaffe e do pesquisador Dr. Ayan Fleischmann.

O objetivo do estudo é estimar o quanto de chuva que cai sobre o dossel da floresta chega até o solo e qual o percentual que retorna para atmosfera por evaporação. A pesquisa é fundamental para compreensão dos processos hidrológicos e da disponibilidade hídrica nestas áreas de Várzea.

Além disso, no dia 04/04 os pesquisadores desenvolveram uma oficina de confecção de pluviômetros artesanais com os alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Divino Espírito Santo do Jarauá, com o objetivo de compreender a distribuição espacial da chuva na comunidade.